A ACISAP, como entidade representativa do Agronegócio, está preocupada em conscientizar nossa comunidade em relação à Peste Suína Africana - PSA. O vírus já foi identificado na América Central e existe a possibilidade de chegar ao Brasil. O principal meio de disseminação da doença é a circulação de pessoas e alimentos de origem animal, por isso, há uma preocupação especial em conscientizar os turistas em viagem pelo exterior.
O alerta da ACISAP para nossa região se justifica pela relevância da suinocultura para nossa economia. No Estado, em 2020, foram produzidos 9,58 milhões de animais para abate, sendo R$ 3,44 bilhões da produção bruta, o que nos torna o 2° maior estado brasileiro em exportação de carne suína do país. E nossa região, representa 13,10% da produção. "Agora precisamos conscientizar toda a população em relação ao risco da PSA entrar no Brasil. É importante que os turistas estejam cientes da situação e saibam agir de maneira preventiva", afirma a Presidente da ACISAP, Lídia Linck Lagemann.
A PSA foi introduzida no Brasil em 1978, no município de Paracambi no estado do Rio de Janeiro, devido a ingestão de sobras de comida servida a bordo de aviões procedentes de Portugal e da Espanha. A última ocorrência de PSA no Brasil foi registrada no município de Moreno, estado de Pernambuco, em novembro de 1981. A partir de 2018, a PSA ingressou e se dispersou amplamente nos continentes asiático e europeu.
No último ano o assunto vem retornando a pauta. E para alertar a população brasileira quanto aos perigos, a Associação Brasileira de Proteína Animal - ABPA, publicou instruções simples que podem ser tomados para evitar a disseminação da PSA:
- Em viagens ao exterior, evitar visitas aos núcleos de produção de suínos.
- Não trazer produtos suínos do exterior. É proibido e coloca o Brasil em risco.
- Ao voltar para o Brasil, lavar imediatamente suas roupas e calçados.
- Se você for produtor, evite visitas de estrangeiros ou de qualquer pessoa que não seja do sistema produtivo em sua granja.
É necessário que a população redobre a atenção para os riscos da PSA e faça sua parte, para que o vírus não chegue ao Brasil e comprometa toda a cadeia produtiva da suinocultura.